Assédio algorítmico é uma realidade nas empresas em 2025. Entenda o que é, como a Justiça do Trabalho está tratando o tema e como o RH pode se proteger.

O que é assédio algorítmico e por que sua empresa precisa se preocupar com isso agora?

Imagine que o sistema de controle da sua empresa cobra, notifica e compara os resultados dos colaboradores automaticamente. Parece moderno, certo? Mas e se esse sistema começa a pressionar, enviar alertas excessivos e criar rankings públicos que humilham os piores desempenhos?

É aqui que nasce o assédio algorítmico, um tema que está bombando nas pautas da Justiça do Trabalho em 2025 e que o seu RH precisa conhecer — e prevenir — urgentemente.

Vamos bater um papo sobre isso?

O que é o assédio algorítmico na prática?

O assédio algorítmico acontece quando softwares, aplicativos ou sistemas de gestão impõem uma rotina excessiva de cobranças, metas inalcançáveis ou monitoramento invasivo, prejudicando a saúde mental e a dignidade dos trabalhadores.

Diferente do assédio moral clássico, onde um gestor é o agente direto da prática, no assédio algorítmico o “assediador” pode ser o próprio sistema da empresa.

Exemplos de assédio algorítmico:

• Aplicativos que enviam notificações constantes cobrando entregas.
• Rankings públicos de produtividade expostos a toda a equipe.
• Metas impossíveis impostas por inteligência artificial sem análise humana.
• Monitoramento de tela e áudio em tempo integral, incluindo durante pausas.

O que diz a Justiça do Trabalho sobre assédio algorítmico?

Em 2025, diversas decisões recentes vêm consolidando o entendimento de que:

• O uso abusivo de sistemas automatizados pode gerar indenização por dano moral.
• O empregador é responsável pelo algoritmo que adota.
• Exigir metas desumanas programadas por software é considerado conduta ilícita.

Além disso, a NR-1 reforçou que os riscos psicossociais devem ser gerenciados e integrados ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) — e o assédio algorítmico entrou na mira como um desses riscos.

O papel do RH no combate ao assédio algorítmico

1. Audite os sistemas e algoritmos

• Verifique se os sistemas de cobrança e avaliação estão impondo metas excessivas ou criando ambientes competitivos tóxicos.

2. Implante políticas claras de ergonomia digital

• Respeite pausas, limites de jornada e evite monitoramento invasivo.

3. Inclua o risco psicossocial no PGR

• A NR-1 de 2025 exige que esses riscos sejam formalmente avaliados.

4. Treine líderes para gestão humanizada

• O algoritmo pode ser uma ferramenta de apoio, mas o olhar humano nunca pode ser substituído.

“Mas se é um software, não é culpa da empresa.”

Essa é uma das maiores objeções que escutamos — e a resposta da Justiça do Trabalho tem sido clara:
Sim, é responsabilidade da empresa.

O algoritmo é uma escolha empresarial, e a empresa responde por ele, mesmo que seja de fornecedor terceirizado.

Empresas que não supervisionam o impacto dos seus sistemas de gestão acabam expostas a ações trabalhistas milionárias.

A visão da Humanize Treinamentos sobre o tema

Na Humanize Treinamentos, enxergamos o assédio algorítmico como um dos maiores riscos invisíveis nas empresas atuais. Sistemas digitais vieram para ficar, mas precisam ser configurados, acompanhados e utilizados de forma ética.

Nós capacitamos o RH, os líderes e os prepostos para reconhecer, prevenir e gerenciar essas situações antes que elas virem um passivo trabalhista.

A tecnologia pode ser uma aliada — desde que usada com responsabilidade.

Por que a sua empresa precisa agir agora?

Mesmo sem fiscalização imediata, o assédio algorítmico já é considerado passivo oculto — aquele problema que pode explodir no futuro.

Negligenciar esse tema pode resultar em:

• Ações trabalhistas com danos morais elevados

• Problemas de clima organizacional

• Queda de produtividade e aumento de turnover

• Fiscalizações com base na NR-1 e na saúde mental do trabalhador

Treinar o RH e os líderes agora é sempre mais barato do que pagar a conta depois.

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